Apresentação

Faz tempo em que a base para se estabelecer relações comerciais reduzia-se à troca de mercadorias essenciais: um peixe por um punhado de sal. Hoje, a experiência comercial ampara-se em trocas muito mais complexas, com papéis e procedimentos rigorosamente definidos. Enquanto o mercado evolui, algumas empresas insistem em permanecerem na época do escambo. Estabelecer troca de informação e conhecimento entre consumidores e o mercado é a finalidade desse blog. A Comunicação e a Palavra - munidas da força e alcance da Internet - como elemento de transformação e positivação das práticas comerciais.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Consumidor Chorão


Tem gente esperando até 90 dias para receber o carro novo depois de comprado. Os noticiários e principais jornais têm mostrado a dificuldade que as montadoras e concessionárias estão enfrentando para conseguir atender a demanda num período em que muita gente tem comprado. Mas o que elas não estão conseguindo dar conta mesmo é de manter a palavra quando o assunto é prazo de entrega. Convenhamos, se na prática, apesar de não cumprir o prazo, os vendedores continuam batendo as suas metas, quem é que sai prejudicado nessa história?

Em contextos variados, um carro pode atender a diversos tipos de necessidade. Seja por impulso, privação ou ostentação – tem sempre muita gente disposta a comprar um. Mesmo tratando-se de um vulgo popular, não é exatamente o que se pode chamar de um investimento de baixo custo. De fato, para a maioria das pessoas, a compra envolve muita pesquisa e negociação. Tudo feito na ponta do lápis, mas com alto grau de envolvimento emocional. No fim, o prazer de guiar o carro novo garante o saldo positivo de todo o processo. Mas o que acontece quando a magia de adquirir um novo bem não é suficiente para sanar a insatisfação causada por uma experiência de venda e pós-venda traumática?

Não há nada pior do que prometer e não cumprir. No âmbito dos negócios, caracteriza uma situação de fraqueza, negligência e incompetência gerencial. No caso de uma renomada concessionária carioca da Citroen, a meta de venda parece se sobrepor a qualquer critério, até mesmo à palavra falada, escrita e lavrada. Nesse caso, o fato de não cumprir o prazo de entrega definido em contrato deve ser uma constante. E como lidar com isso? Como tratar um cliente emocionalmente desgastado e desgostoso. Sem dúvida uma tarefa bem mais complicada do que calar os lamentos de um bebê chorão. Mas tem vendedora da Saint Germain que está mais para baby-siter do que para consultora. Não bastando isso, tem um SAC repetitivo como uma babá-eletrônica desajustada, a supervisão de vendas inoperante como uma governanta insatisfeita e a Gerência condescendente como uma vovó coruja. Aos desafortunados clientes dessa concessionária, só resta chorar!


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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Pisando Fundo na Negociação do Carro Novo


A decisão de compra de um carro novo nem sempre é tão fácil quanto se pensa. Depois de definir quanto desembolsar, é hora de escolher a marca e o modelo. As revistas especializadas no ramo colocam tempero na decisão e antecipam as novidades para 2008 - ano que deve concentrar um número significativo de lançamentos de novos modelos. Feita a escolha, é partir para o tour nas concessionárias e tomar fôlego, muito fôlego, para negociar com os vendedores.

Siga o seu roteiro de visitas e enumere as concessionárias de seu interesse. Seja persistente e firme ao lidar com o vendedor. Teste os seus limites, veja até onde ele pode ir. Os mais espertos e preparados sempre têm uma carta debaixo da manga. Identifique aqueles que têm mais liberdade e capacidade de negociação. Descarte os outros. Faça a sua contraproposta e acredite que, por mais absurda que ela possa parecer, você se surpreenderá com a disposição de alguns vendedores em realizar uma venda.

Negocie tudo. Inclua o IPVA, emplacamento e acessórios. No Rio de Janeiro, o IPVA corresponde a 4% do valor do veículo. O emplacamento por conta própria, não deverá ultrapassar os R$150,00. Não se esqueça do prazo de entrega: esse papo de “pronta-entrega” não existe! Faça uma lista de todas as “promessas” do vendedor, item por item. A negociação precisa estar registrada no papel. Saiba que poderá encontrar vendedores que não repassam nada por escrito.

Outro elemento que deve ser avaliado é o seguro. O valor pode variar sensivelmente a depender do carro. Solicite o quanto antes uma cotação dos possíveis modelos na própria concessionária, no seu banco e junto ao seu corretor de confiança. Por fim, considere também o percentual de desvalorização do automóvel. Todo veículo novo sofre uma depreciação no primeiro ano. Alguns modelos podem sofrer uma taxa de 15% de desvalorização sobre o preço inicial. O carro deve ser visto como um investimento, portanto sujeito às oscilações de mercado.

Esses são alguns critérios importantes a considerar diante da compra de um automóvel novo. Não obstante, outros fatores deverão exercer influência de igual ou maior intensidade: são aqueles de ordem emocional. O segredo é buscar o equilíbrio, inserindo uma boa dose de razão no processo de decisão. Encare a negociação como prática necessária para a aquisição de qualquer bem. Saudável, quando praticada de forma ética pelos interlocutores. Sendo assim, encare o jogo, assuma o papel de consumidor e desafie o vendedor a cada movimento. Dê as cartas. No fim, a decisão de compra cabe a você!


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