Lidar com planejamento e gestão da presença de marcas e
empresas no ambiente online é algo que me dá prazer. É o que faço
profissionalmente, embora até mesmo nos momentos de lazer, me pegue destinando
boa parte do tempo disponível com a atividade. Sem me dar conta, ultrapasso a
fronteira do lazer e do trabalho e passo horas entretido como se estivesse brincando de
Hot Wheels com o meu filho de dois anos e meio. Tão frenético e radical quanto
brincar de carrinhos tunados é acompanhar as nuances do mercado digital.
Para acompanhar essas transformações sem tirar o pé do
acelerador eu costumo fazer duas coisas. Primeiro, me cerco de informação, lendo
bastante, trocando idéias, debatendo, compartilhando e fazendo brainstorm com os meus pares e fontes profissionais fidedignas. A
segunda coisa é montar o tabuleiro e distribuir as peças do jogo adequadamente.
Quero dizer, contextualizar para melhor dimensionar os esforços de
planejamento. Para isso, faço uso de uma técnica muito utilizada pelos colegas
de gestão e planejamento: a Análise de SWOT.
O acrônimo das palavras em inglês - Strengths (forças),
Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças) - é uma
ferramenta de análise de cenário poderosa quando bem aplicada. Ao passo que
vamos encaixando as peças no tabuleiro de SWOT, a brincadeira vai ficando mais
divertida. Aos poucos, descortinamos o cenário e as possibilidades de avançamos
no jogo com mais segurança e propriedade. Evidentemente, apesar da abordagem
lúdica da qual se vale o meu texto, a análise de cenário deve ser minuciosa e a
tradução dela em ações e estratégias coerentes dentro do escopo de recursos
disponíveis requer estrito conhecimento de causa.
Monte o seu Cenário.
Para montar o tabuleiro de SWOT, use lápis, borracha e uma
folha de A4. Rabisque, apague e reescreva quantas vezes forem necessárias.
Divida a página em quatro quadrantes. Os dois primeiros superiores serão destinados,
da esquerda para a direita, respectivamente, para os elementos que representam
as Forças e Fraquezas. É importante ter em mente que esses dois quadrantes se
referem aos fatores inerentes (internos) à empresa (ou marca) analisada. Os quadrantes inferiores representarão os
fatores externos – sob os quais a empresa não possui interferência direta –
sendo eles; Oportunidades e Ameaças.
Em alguns momentos, a montagem do tabuleiro poderá suscitar
dúvidas sobre o que é uma força ou oportunidade. Da mesma forma, poderá não
ficar muito claro em qual quadrante incluir um item, em riscos ou fraquezas?
Mas a prática rotineira da metodologia deverá permitir o apuro da técnica –
possibilitando a construção de análises mais profundas e profissionais.
Aprimore a sua Análise.
Ao cruzar elementos de quadrantes distintos a análise
de cenário ficará ainda mais completa, podendo gerar argumentos mais consistentes para a defesa de ações e estratégias do seu planejamento. Teste por exemplo cruzar uma força com uma
oportunidade – isso representará uma oportunidade de alavancagem. No outro
extremo, faça o cruzamento de uma fraqueza com um item listado como ameaça:
isso vai gerar um contexto totalmente indesejável para o seu negócio. Ambas as
possibilidades irão demandar esforços específicos no seu planejamento. Agora é colocar a mão na massa!