Apresentação

Faz tempo em que a base para se estabelecer relações comerciais reduzia-se à troca de mercadorias essenciais: um peixe por um punhado de sal. Hoje, a experiência comercial ampara-se em trocas muito mais complexas, com papéis e procedimentos rigorosamente definidos. Enquanto o mercado evolui, algumas empresas insistem em permanecerem na época do escambo. Estabelecer troca de informação e conhecimento entre consumidores e o mercado é a finalidade desse blog. A Comunicação e a Palavra - munidas da força e alcance da Internet - como elemento de transformação e positivação das práticas comerciais.


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mercado Digital - Contexto de Oportunidades


Engarrafado no trânsito, na fila do banco, na espera do restaurante, diante da TV, amenizo a agonia do encarceramento físico transpondo a minha presença para qualquer nível de experiência online no Twitter, no Facebook ou no Foursquare. Esse comportamento poderia ser interpretado como reflexo da inquietude contemporânea, ou, simplesmente, conseqüência de uma conduta cada vez mais recorrente: o desejo de permanecermos conectados. Nesse atual cenário, os dispositivos móveis tornaram-se verdadeiros gateways para o universo digital, descortinando oportunidades ainda muito pouco exploradas no contexto do mercado digital.

Geolocalização, e-commerce, mobilidade, redes sociais, buscas, mobile tagging, enfim: temas recorrentes no aporte de tendências para o mercado digital nos próximos anos. A mobilidade, entretanto, se destaca especialmente pelo poder de convergência inerente aos dispositivos como os smartphones – em plena ascensão. Uma qualidade os coloca em grande vantagem diante dos outros aparelhos do nosso cotidiano: eles são onipresentes nas nossas vidas, 24 horas por dia ao nosso lado. Em 11 anos de trajetória, o celular passou de mero instrumento de comunicação para se tornar numa espécie de canivete suíço tecnológico.

Na verdade, o celular sempre foi o grande porta-voz da mobilidade. Hoje, associado ao desenvolvimento da web móvel, às tecnologias como os QR Codes e a recursos de geolocalização e de redes sociais, os aparelhos móveis atuais têm transformado a experiência mobile em algo cada vez mais sedutor, disponível, social, concreto. As redes sociais têm forte potencial para se tornarem o próximo grande horizonte de crescimento da web móvel. Conforme previsões da eMarketer, em 2012, haverá mais de 800 milhões de usuários de redes sociais móveis no mundo. Enquanto isso ansiamos pelo barateamento e difusão da banda larga no Brasil. 

O atual cenário do mercado digital, em forte crescimento no país e no mundo, representa, evidentemente, grande oportunidade de negócios para o mercado de buscas online, para os sites de mídias sociais e especialmente para empresas de Telecom. A multidão de consumidores que caminha em direção ao ecossistema digital deverá buscar uma plataforma de acesso fidedigna, através da qual terão confiança suficiente para fazer transações, compartilhar seus dados ou simplesmente se conectarem. Segundo o vice-presidente do Google, o celular e a computação móvel são o futuro da Internet.

Share/Bookmark

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Os Cíbridos e os Nativos Digitais



Um vídeo mostra a habilidade impressionante de uma criança de dois anos e meio ao manipular um iPad. Com jogos de coordenação motora e estímulos à cognição, a criança explora a interface do dispositivo, descobrindo os seus recursos como se estivesse interagindo com um dos seus brinquedos. Trivial. Sim, para ela, nativa digital, um dispositivo qualquer. Estranho é para nós, cíbridos, que vivenciamos a transição entre tantas tecnologias e permanecemos em trânsito, hora conectados, hora não.

Olhando ao redor percebemos como a apropriação tecnológica, seja de recursos recentes ou não, como códigos de barra 2D (QR Codes) e realidade aumentada, retroalimentados pela difusão de dispositivos móbiles, a exemplo dos tablets e smartphones, ratifica a nossa condição cíbrida. Segundo a pesquisadora Giselle Beiguelman, o cibridismo é uma experiência essencialmente contemporânea de estar entre redes online e off-line, alimentada pela introdução de elementos da virtualidade no nosso cotidiano.

Outro vídeo registra uma situação antagônica ao da criança com o iPad. Dessa vez, um pesquisador registra o exato momento no qual coloca crianças em contato direto com artefatos tecnológicos desconhecido para elas, como disquetes, cartuchos de vídeo games e discos de vinil. A reação é de estranheza. Mesmo assim, elas tentam encontrar respostas ao compará-los a dispositivos do seu tempo.

Enquanto os nativos digitais são eminentemente wireless desde que perderam o cordão umbilical. Nós, remanescentes analógicos, ainda lutamos contra a dependência do papel como mídia de registro. Essa analogia suscita uma discussão sobre a mudança de paradigma que norteia a nossa cultura, costumes e a nossa própria formação. Na era do Google, a idéia de arquivar perde importância para a habilidade de saber transformar a informação. O Google a armazena e nós a processamos. Esse é o novo código.



Share/Bookmark