Toda invenção revolucionária carrega consigo uma característica em comum: propósito. Simplórias ou não na forma como concretizam a idéia inicial, elas cumprem à risca o papel predestinado pelo seu criador. Clips foram feitos para organizar papéis. Facebook Likes foram feitos para conectar pessoas. Invenções bem sucedidas empregam tecnologia disponível com competência para disponibilizar algo novo e amplamente aceito. São geniais por cumprir de forma simples o seu propósito.
O conceito a seguir me parece bem apropriado e atual nesse contexto. Tecnologia é o conjunto de conhecimentos de que uma sociedade dispõe sobre ciências e artes industriais, incluindo os fenômenos sociais e físicos, e a aplicação destes princípios à produção de bens e serviços (Goldemberg, 1978, p. 157).
Destaco duas palavras-chaves nesse conceito: conhecimento e aplicação. Utilizar-se do conhecimento disponível para transformar a realidade e fazer o ciclo evolutivo mover-se. Novas idéias surgem para nos elevar um passo à frente na linha da evolução, na prática profissional, no trato pessoal, nas tarefas rotineiras, na qualidade de vida, na forma como nos expressamos, como seres humanos.
O Facebook não foi o primeiro site a explorar o conceito de redes sociais na Internet. Mas possivelmente aquele que se apropriou do conceito de forma mais assertiva até então. Mérito ao obstinado Mark Zuckerberg, que carrega consigo a glória e a sina como conseqüências naturais do fato de ter criado a maior rede social mundial. Diferente da história de heróis que criam mitos como Bill Gates e Steve Jobs, a trajetória do pai do Facebook recriada no filme a Rede Social, mostra um personagem de atitudes questionáveis, um herói ao avesso.
Julgamentos à parte, o Facebook continua crescendo. Praticamente dobra o número de usuários a cada ano. Atualmente são mais de 500 milhões. No Brasil, o crescimento no último ano quadruplicou. É um fenômeno cultural que não respeita fronteiras. Mas toda boa invenção precisa se reciclar. E esse é outro conceito bem empossado por Zuckerberg, pelo menos a respeito do produto que criou. Ele não sustenta o sucesso do site apenas pelo efeito de rede. Sua crença é de que as pessoas vão sempre optar pelo melhor produto. E se depender da determinação de Mark Zuckerberg, o mundo inteiro vai escolher o Facebook.
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