Em 2008, publiquei um post que sinalizava a mudança de comportamento das pessoas em relação ao uso da Internet. “No início... as pessoas criavam subterfúgios para manter o anonimato na rede...A trama dessa rede evoluiu...e aos poucos a web tornou-se um espaço de afirmação do indivíduo e de grupos”. Hoje, três anos depois, tudo caminha para o digital. Seduzidos, estamos cada vez mais conectados, buscando maneiras de estender a experiência online e assim transigir a nossa existência.
Criamos perfis nas Redes Sociais, produzimos, compartilhamos e nos alimentamos de conteúdos online. Fazemos amigos e nos relacionamos pessoal e profissionalmente. Digitalizamos e guardamos as nossas coisas lá, nossas fotos, nossos vídeos: um dossiê completo. Associadas ao crescente poder de mobilidade proporcionado por novas tecnologias e novos dispositivos, as Redes Sociais estão ajudando a dilatar a nossa realidade.
No Facebook e no Twitter, por exemplo, me relaciono diariamente, inclusive com pessoas que não conheço pessoalmente, mas nem por isso essa poderia deixar de ser uma forma de relação menos verdadeira. Em outros casos, o meio digital permite com que eu me relacione com pessoas que estão distante e sem contato físico há muito tempo. Amadurecendo para o despertar de uma nova realidade, nutrimos os nossos casulos, pendurados nas ramificações da web.
A grande revolução presente nisso tudo se dá não somente pelas possibilidades que as novas tecnologias nos oferecem, mas principalmente pela forma como nos apropriamos delas e transformamos a nossa realidade. A proliferação de sites de redes sociais e o número cada vez maior de usuários ilustram a corrida frenética rumo ao digital.
Engraçado pensar numa geração que nunca experimentou o analógico puro – se é que isso é possível. Seria o caso das nossas crianças? Ouvi falar algo muito espantoso sobre como se dá hoje o processo “natural” de aprendizagem da leitura. Dizem que elas aprendem primeiro a digitar através do teclado de um dispositivo tecnológico qualquer. A relação com o lápis e o papel, como conhecíamos, perde o sentido prático dentro desse contexto. Esse é o retrato da nossa própria evolução. A próxima parada, estamos ávidos por descobrir.
Post incidental: Quem é você na web? http://bit.ly/quemevocenaweb
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