Apresentação

Faz tempo em que a base para se estabelecer relações comerciais reduzia-se à troca de mercadorias essenciais: um peixe por um punhado de sal. Hoje, a experiência comercial ampara-se em trocas muito mais complexas, com papéis e procedimentos rigorosamente definidos. Enquanto o mercado evolui, algumas empresas insistem em permanecerem na época do escambo. Estabelecer troca de informação e conhecimento entre consumidores e o mercado é a finalidade desse blog. A Comunicação e a Palavra - munidas da força e alcance da Internet - como elemento de transformação e positivação das práticas comerciais.


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Os Cíbridos e os Nativos Digitais



Um vídeo mostra a habilidade impressionante de uma criança de dois anos e meio ao manipular um iPad. Com jogos de coordenação motora e estímulos à cognição, a criança explora a interface do dispositivo, descobrindo os seus recursos como se estivesse interagindo com um dos seus brinquedos. Trivial. Sim, para ela, nativa digital, um dispositivo qualquer. Estranho é para nós, cíbridos, que vivenciamos a transição entre tantas tecnologias e permanecemos em trânsito, hora conectados, hora não.

Olhando ao redor percebemos como a apropriação tecnológica, seja de recursos recentes ou não, como códigos de barra 2D (QR Codes) e realidade aumentada, retroalimentados pela difusão de dispositivos móbiles, a exemplo dos tablets e smartphones, ratifica a nossa condição cíbrida. Segundo a pesquisadora Giselle Beiguelman, o cibridismo é uma experiência essencialmente contemporânea de estar entre redes online e off-line, alimentada pela introdução de elementos da virtualidade no nosso cotidiano.

Outro vídeo registra uma situação antagônica ao da criança com o iPad. Dessa vez, um pesquisador registra o exato momento no qual coloca crianças em contato direto com artefatos tecnológicos desconhecido para elas, como disquetes, cartuchos de vídeo games e discos de vinil. A reação é de estranheza. Mesmo assim, elas tentam encontrar respostas ao compará-los a dispositivos do seu tempo.

Enquanto os nativos digitais são eminentemente wireless desde que perderam o cordão umbilical. Nós, remanescentes analógicos, ainda lutamos contra a dependência do papel como mídia de registro. Essa analogia suscita uma discussão sobre a mudança de paradigma que norteia a nossa cultura, costumes e a nossa própria formação. Na era do Google, a idéia de arquivar perde importância para a habilidade de saber transformar a informação. O Google a armazena e nós a processamos. Esse é o novo código.



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