Apresentação

Faz tempo em que a base para se estabelecer relações comerciais reduzia-se à troca de mercadorias essenciais: um peixe por um punhado de sal. Hoje, a experiência comercial ampara-se em trocas muito mais complexas, com papéis e procedimentos rigorosamente definidos. Enquanto o mercado evolui, algumas empresas insistem em permanecerem na época do escambo. Estabelecer troca de informação e conhecimento entre consumidores e o mercado é a finalidade desse blog. A Comunicação e a Palavra - munidas da força e alcance da Internet - como elemento de transformação e positivação das práticas comerciais.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

De Futebol e Mídias Sociais Todo Mundo Entende um Pouco

A essa altura do campeonato, ficaria difícil até mesmo para o mais cético dos críticos negar o poder de sedução que as Mídias Sociais exercem sobre o brasileiro. Sim, elas tornaram-se paixão nacional, e essa é uma primeira semelhança com o Futebol. A segunda vem de um ditado popular. Parafraseando-o, “De futebol e mídias sociais, todo mundo entende um pouco”. Enquanto difundida amplamente para uso pessoal, as inadequações fazem parte do próprio processo de descoberta de uma nova forma de se expressar. Agora, com o uso cada vez mais aplicado ao ambiente corporativo, um pouco mais de parcimônia não faria mal.

Enquanto muitas empresas ainda enxergam o fenômeno das mídias sociais com freqüente desconfiança, outras vestiram a camisa de vez. O mercado brasileiro está cheio de cases, no entanto, a apropriação das mídias sociais, em alguns casos, revela proeminente amadorismo. A busca desenfreada pelo ingresso nesses sites sobrepõe-se ao imprescindível exercício de identificar seu propósito no contexto do negócio ao qual se destina. Assim como nas quatro linhas, é preciso construir estratégias, saber como outros times jogam, desenvolver um estilo próprio de jogo.

É preciso ter uma finalidade; não se escala uma mídia sem saber qual objetivo pretende-se alcançar. É importante saber como; não partimos para campo desconhecendo as regras, não sabendo como explorar ao máximo as possibilidades numa partida. É fundamental entender sobre o comportamento de um importante jogador: o público-alvo, e em especial, das suas nuances no universo online.

As empresas precisam assumir uma presença online mais planejada e condizente com as suas estratégias de negócios. A medida de comparação entre Futebol e Mídias Sociais se encerra no atual estado de evolução dos seus respectivos mercados. O Futebol se profissionalizou, as Mídias Sociais estão apenas iniciando uma longa e promissora trajetória. Em 2011, mais empresas irão aderir  aos sites de Mídias Sociais. Segundo matéria publicada no O Globo, o Brasil está entre os países que mais adotaram aplicativos de rede social da Internet – como Facebook e Twitter.

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Clips e Likes: as boas idéias são simples


Toda invenção revolucionária carrega consigo uma característica em comum: propósito. Simplórias ou não na forma como concretizam a idéia inicial, elas cumprem à risca o papel predestinado pelo seu criador. Clips foram feitos para organizar papéis. Facebook Likes foram feitos para conectar pessoas. Invenções bem sucedidas empregam tecnologia disponível com competência para disponibilizar algo novo e amplamente aceito. São geniais por cumprir de forma simples o seu propósito.

O conceito a seguir me parece bem apropriado e atual nesse contexto. Tecnologia é o conjunto de conhecimentos de que uma sociedade dispõe sobre ciências e artes industriais, incluindo os fenômenos sociais e físicos, e a aplicação destes princípios à produção de bens e serviços (Goldemberg, 1978, p. 157).

Destaco duas palavras-chaves nesse conceito: conhecimento e aplicação. Utilizar-se do conhecimento disponível para transformar a realidade e fazer o ciclo evolutivo mover-se. Novas idéias surgem para nos elevar um passo à frente na linha da evolução, na prática profissional, no trato pessoal, nas tarefas rotineiras, na qualidade de vida, na forma como nos expressamos, como seres humanos.

O Facebook não foi o primeiro site a explorar o conceito de redes sociais na Internet. Mas possivelmente aquele que se apropriou do conceito de forma mais assertiva até então. Mérito ao obstinado Mark Zuckerberg, que carrega consigo a glória e a sina como conseqüências naturais do fato de ter criado a maior rede social mundial.  Diferente da história de heróis que criam mitos como Bill Gates e Steve Jobs, a trajetória do pai do Facebook recriada no filme a Rede Social, mostra um personagem de atitudes questionáveis, um herói ao avesso.

Julgamentos à parte, o Facebook continua crescendo. Praticamente dobra o número de usuários a cada ano. Atualmente são mais de 500 milhões. No Brasil, o crescimento no último ano quadruplicou. É um fenômeno cultural que não respeita fronteiras. Mas toda boa invenção precisa se reciclar. E esse é outro conceito bem empossado por Zuckerberg, pelo menos a respeito do produto que criou. Ele não sustenta o sucesso do site apenas pelo efeito de rede. Sua crença é de que as pessoas vão sempre optar pelo melhor produto. E se depender da determinação de Mark Zuckerberg, o mundo inteiro vai escolher o Facebook.

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